O cenário de endividamento tem impactado significativamente as finanças da população, refletindo-se no aumento do endividamento. Conforme aponta o último Mapa da Inadimplência divulgado pelo Serasa, 42,8% dos residentes no Rio Grande do Norte enfrentam essa realidade.
Diante desse contexto, iniciar o ano de 2024 com um planejamento financeiro eficiente torna-se crucial para evitar maiores complicações. Erli Bandeira, especialista em Finanças e Consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste, destaca a importância de compreender a situação financeira e elaborar estratégias para um ano mais equilibrado.
O primeiro passo, segundoErli Bandeira, especialista em Finanças e Consultor de Negócios da Central Sicredi Nordeste, é realizar um levantamento detalhado dos gastos incorridos no final de 2023. Esse panorama permitirá uma compreensão mais clara da situação financeira no início do ano. Em seguida, é essencial registrar os gastos fixos para o ano, abrangendo despesas como moradia, alimentação, saúde, telefonia e energia.
Com o conhecimento do orçamento destinado às despesas fixas, é possível calcular o valor disponível para gastos extras e imprevisíveis. "Desde o início do ano, é importante definir a possibilidade de gastos extras, como viagens, cursos e presentes, e começar a poupar desde janeiro para essas ocasiões", ressalta Erli. Ele também incentiva a criação de um fundo de emergência para situações inesperadas, proporcionando uma reserva financeira sem a necessidade de recorrer ao crédito.
Bandeira enfatiza que iniciar o hábito de poupar não exige quantias consideráveis mensalmente. Ao longo do tempo, a recomendação é ter uma reserva equivalente, pelo menos, a três vezes o valor da renda mensal.
Outro aspecto crucial para um 2024 financeiramente tranquilo é o registro detalhado das despesas. Erli sugere a utilização de planilhas físicas, computadores ou aplicativos de organização financeira. "Ao registrar rendas e despesas, é útil separar os gastos por categorias, permitindo uma análise eficaz para identificar para onde estão indo seus recursos e fazer cortes, se necessário", explica o consultor.
Por fim, o especialista destaca a importância de lidar com dívidas antigas. Com a disponibilidade de programas como o Desenrola e uma maior disposição das empresas para negociações, Bandeira encoraja uma abordagem proativa ao procurar credores e demonstrar interesse em quitar as dívidas. Essa postura, segundo ele, contribui para uma adaptação mais eficaz das dívidas à realidade financeira do devedor.