Imagem: Rafael Fernandes/Inter TV Cabugi
03/08/2024 às 09:03

73% dos municípios do RN não destinam resíduos sólidos adequadamente, aponta levantamento

Aproximadamente 73% dos municípios do Rio Grande do Norte não destinam de forma adequada os próprios resíduos sólidos. Os dados estão em um levantamento feito pela Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte (Semarh).

O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (2), data em que se encerrou o prazo estipulado pelo Novo Marco do Saneamento Básico - de julho de 2020 - para que todas as cidades do Brasil se adaptassem à destinação correta do lixo.

No Rio Grande do Norte, segundo o levantamento, 46 municípios destinam os rejeitos corretamente e outros 121 municípios não o fazem, utilizando de lixões a céu aberto.

Como há aterros em algumas das cidades mais populosas do estado, a proporção da população potiguar que está inserida em cidades que destinam corretamente o lixo é de 62,4%, segundo o levantamento, sendo cerca de 2 milhões de um total de 3,3 milhões de moradores no estado.

A destinação correta do lixo é de responsabilidade municipal. Mesmo com a finalização do prazo estipulado pelo marco, os municípios preveem soluções e apontam dificuldades para o encerramento dos lixões através de acordos com o Ministério Público do Rio Grande do Norte e de análises do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).

Projeto de regionalização dos aterros

Para tentar avançar com destinação correta dos lixos, a Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do RN (Semarh) iniciou, em 2018, um projeto de regionalização dos lixos. O projeto prevê que alguns municípios próximos, da mesma região, usem aterros sanitários em conjunto.

"Os pequenos municípios não têm condições de só, isoladamente, resolver o problema, de fazer um aterro sanitário adequado, de fazer tudo isso, então é preciso que se tenha a regionalização", explicou o secretário adjunto da Semarh, Auricélio Costa.

Segundo o secretário, consórcios públicos para uso de aterro regional foram firmados para regiões Seridó e Alto Oeste e receberam investimentos de estudo e execução no valor de R$ 22 milhões da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

Segundo ele, o Consórcio do Seridó está com as atividades de construção na parte adminsitrativa em andamento. "E, com o convênio da Funasa, também serão aportados recursos para que haja póssibilidade de finalização do aterro de Caicó", explicou o secretário.

No Alto Oeste, segundo o secretário, está em construção a estação de transbordo e ainda há "um aterro privado que vai auxiliar na solução desse problema".

"O importante agora é que, dom esse convênio, nós vamos reapresentar, fazer algumas modificações, adequações e podermos finalizar, apoiar esses dois consórcios pra que eles possam atender aos municípios", explicou.

 

g1RN 


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