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25/04/2024 às 15:42

A cada 10 remédios, 4 estão em falta na rede estadual

Quatro em cada dez medicamentos estão em falta na rede pública de saúde do Rio Grande do Norte, conforme levantamento realizado pela Tribuna do Norte. A Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), em Natal, e unidades descentralizadas, incluindo CEAFs em Alecrim, Natal, Mossoró e Caicó, registram uma taxa média de desabastecimento de 40,4%. Na Unicat, 74 dos 199 medicamentos fornecidos estão em falta, representando 37,1% de escassez, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) de quarta-feira (24).

O problema é mais grave no interior, com Caicó atingindo uma taxa de desabastecimento de 54,5%, seguido por Mossoró com 44,3% e Alecrim com 25,7%. A Sesap afirmou estar trabalhando para aumentar a oferta nos próximos dias, mas não há dados disponíveis para outras localidades.

Há falta de medicamentos para tratar diversas condições, incluindo hipertensão, diabetes, lúpus e asma, afetando cerca de 40 mil pessoas cadastradas. Ana Maria dos Santos, 52 anos, diagnosticada com endometriose, está na fila há quatro meses, interrompendo seu tratamento devido à falta de condições para comprar medicamentos que custam mais de R$ 2 mil cada.

Aline Maria também enfrenta dificuldades, esperando há seis meses para receber as cápsulas de Alenia para sua sogra, uma aposentada de 70 anos. A Sesap informou que os medicamentos em falta estão em processo de licitação para compra ou aguardam liberação do Ministério da Saúde, planejando ampliar o estoque semanalmente.

Uma decisão judicial determinou que o Estado constitua uma equipe exclusiva para adquirir os medicamentos, seguindo uma Ação Civil Pública de 2015. A decisão inclui a dispensação de medicamentos como piridostigmina, sacarato de hidróxico férrico e brometo de tiotrópio monoidratado, que continuam em falta na Unicat.

 

Com informações da Tribuna do Norte


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