Açaí consumido por bebê morta em Natal é enviado para análise toxicológica

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte confirmou que o açaí consumido pela bebê de 8 meses, que morreu com suspeita de envenenamento em Natal, foi encaminhado para análise toxicológica. O alimento está sendo periciado, mas ainda não há prazo para a conclusão do laudo.

A investigação segue em andamento e, segundo nota divulgada nesta quinta-feira (24), a Polícia Civil trabalha com a hipótese de envenenamento, mas reforça que o caso ainda não foi encerrado. Testemunhas já foram ouvidas, e o inquérito segue sob acompanhamento.

A bebê Yohana Maitê Filgueira Costa, de apenas 8 meses, morreu no dia 14 de abril, após passar mal. Ela foi atendida inicialmente na UPA Cidade da Esperança, mas não resistiu antes de ser transferida ao Hospital Maria Alice Fernandes. Como a criança já havia sido sepultada no início da investigação, não foi submetida à necropsia pelo ITEP.

Outra vítima do suposto envenenamento é Geisa de Cássia Tenório Silva, de 50 anos, prima de segundo grau da bebê, que também ingeriu o açaí. Ela está internada e intubada no Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho, em Macaíba.

 O caso

Segundo relatos da família, Geisa e a bebê passaram mal após consumirem açaí com granola, que teria sido entregue por um motoentregador como suposto presente. O alimento foi uma das encomendas misteriosas recebidas por Geisa ao longo de três dias consecutivos.

As entregas começaram no domingo (13), com um urso de pelúcia, chocolates e uma mensagem romântica. No dia seguinte, veio o açaí, que foi dividido com a bebê. Cerca de 40 minutos após o consumo, a criança teve uma reação grave e faleceu. Geisa também apresentou sintomas, mas recebeu alta após ser medicada.

Na terça-feira (15), Geisa recebeu um novo açaí e, ao consumi-lo, teve uma piora repentina, sendo levada ao hospital com suspeita de envenenamento, onde permanece internada desde então.

O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por um dos filhos de Geisa. Amostras dos alimentos, bilhetes e embalagens foram recolhidas pelo ITEP para perícia, com o objetivo de esclarecer as circunstâncias da tragédia.