O Banco Central trabalha em uma nova versão do Mecanismo Especial de Devolução (MED), chamada de MED 2.0, que permitirá rastrear valores desviados por até cinco níveis de transferência após um golpe via Pix. Atualmente, apenas 31% dos pedidos de devolução são aceitos e menos de 7% do dinheiro é recuperado. O sistema atual rastreia apenas a primeira conta, o que dificulta o bloqueio de valores pulverizados em contas de laranjas.
Com lançamento previsto para o primeiro trimestre de 2026, o MED 2.0 promete aumentar a eficiência no combate às fraudes. A expectativa é que o índice de solicitações aceitas suba para até 80%. Além disso, uma funcionalidade de autoatendimento já está em fase de implementação e permitirá que usuários contestem transações diretamente pelo aplicativo do banco, de forma 100% digital.
As instituições financeiras terão até 1º de outubro para se adequar ao novo sistema. Ao acionar a contestação, o cliente será orientado a selecionar a transação suspeita, informar o tipo de golpe sofrido e anexar um relato com detalhes do caso. Segundo o Banco Central, a devolução poderá ocorrer em até 11 dias.