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23/08/2023 às 17:39

Banco do Brasil volta a suspender consignados para servidores do Governo do RN

O Banco do Brasil (BB) anunciou a suspensão temporária dos empréstimos consignados destinados aos servidores do Governo do Estado. O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do RN (Sinsp-RN) confirmou que recebeu a notificação dessa interrupção na última terça-feira (22).

De acordo com o Sinsp-RN, o banco justificou a suspensão alegando que os valores retidos dos salários dos servidores não estão sendo devidamente repassados à instituição financeira. Em essência, os descontos salariais ocorrem, porém, o repasse ao banco encontra-se atrasado por parte do governo.

Este não é o primeiro episódio de suspensão dos empréstimos consignados do BB. Ao longo do primeiro semestre, os servidores estaduais enfrentaram restrições para solicitar empréstimos, até que o governo quita uma dívida de R$ 150 milhões com o banco, através da cessão da folha de pagamento do Estado.

Após a retomada dos empréstimos, a situação voltou a se deteriorar em julho, resultando em uma nova suspensão que foi restabelecida no início de agosto. 

O Sinsp-RN manifestou descontentamento através de um comunicado publicado em seu site, expressando preocupação com a falta de acesso dos servidores a novos créditos e com a incerteza acerca de suas margens junto ao banco.

Carlos Eduardo Xavier, secretário estadual de Fazenda, afirmou que essa interrupção é temporária, como ocorreu em julho passado. Ele explicou que o fluxo de caixa do Estado só permite o pagamento no início do mês, enquanto o contrato com o BB estipula que os pagamentos ocorram no dia 20.

Xavier ainda informou que solicitou ao Banco do Brasil a possibilidade de alterar a data de pagamento, transferindo-a do dia 20 para o dia 5 de cada mês. No entanto, o banco rejeitou essa mudança. Portanto, novas interrupções podem ocorrer nos próximos meses até que o governo consiga antecipar o pagamento de uma parcela.

A presidente do Sinsp-RN, Janeayre Souto, criticou a situação, questionando se o governo tentou efetivamente mudar a data de débito ou se a explicação original não era precisa. Ela ressaltou que, independentemente da causa, os servidores continuam sendo prejudicados, incapazes de obter novos créditos e de avaliar suas margens junto ao banco.


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