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16/04/2024 às 16:36

Bloqueio na BR-304 eleva preços e causa prejuízos ao setor produtivo

O bloqueio na BR-304, ocorrido em 31 de março, continua a ter impactos significativos em vários setores da economia do Rio Grande do Norte. Segundo Maxwel Flor, presidente do Sindi-postos-RN, ao menos dois postos de combustíveis na região de Lajes, onde ocorreu a interdição, fecharam recentemente. Outro efeito é o aumento nos preços dos produtos hortifrútis, conforme relatado por Gilvan Mikelyson, presidente da Associação dos Supermercados do RN (Assurn). Ele aponta que as chuvas no Oeste potiguar têm exacerbado os problemas na produção de frutas e verduras.

Essas preocupações se somam à principal queixa dos setores econômicos: o aumento dos custos de frete devido aos desvios causados pelo bloqueio. Em 3 de abril, iniciou-se a construção de um desvio às margens da BR-304 para servir como uma rota temporária enquanto a reconstrução da ponte sobre o Riacho Bom Fim não é concluída.

Enquanto isso, os efeitos continuam a ser sentidos na economia local. Mikelyson expressou grande preocupação com o impacto das fortes chuvas na produção de frutas e verduras, destacando que isso, juntamente com o bloqueio na BR-304, tem contribuído para os aumentos de preços nos supermercados. Maxwel Flor, do Sindipostos RN, observou o fechamento de postos de combustíveis em Lajes devido ao aumento dos custos de frete.

Ambos concordam que, embora o aumento dos custos de frete não deva impactar significativamente o consumidor final, ainda há preocupações devido ao aumento do dólar e do petróleo, que tem impactado os preços dos combustíveis. A situação é agravada pelo fato de que muitos produtos são produzidos localmente ou dependem da via bloqueada para o transporte.

O Sindicer-RN também expressou preocupação com o aumento dos custos de frete para as empresas da região, que aumentaram em até 30% devido aos desvios necessários. Vinícius Aragão, presidente do Sindicer-RN, destacou que esses aumentos representam um custo adicional significativo por entrega, afetando negativamente as empresas.

Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, e confirmado pela governadora Fátima Bezerra, a previsão é que o desvio em construção seja finalizado em 15 dias, mas não foi especificada uma data exata para a conclusão dos trabalhos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).


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