Crime ambiental: Árvore do Amor, em Maxaranguape, tem raízes cortadas

A Árvore do Amor, um dos principais ícones turísticos do Rio Grande do Norte, situada em Maxaranguape, no litoral norte potiguar, foi alvo de vandalismo, resultando no corte de parte de suas raízes. O incidente, considerado um crime ambiental pela prefeitura local, ocorreu durante a madrugada de terça-feira (27), conforme informado pela Prefeitura Municipal de Maxaranguape e notado horas depois pelas autoridades.

Em uma nota divulgada nas redes sociais, a prefeitura repudiou o ataque, descrevendo-o como um "repentino e brutal crime ambiental sofrido pela Árvore do Amor". A prefeita Maria Erenir de Lima, conhecida como Professora Nira, expressou seu lamento, destacando os esforços da administração municipal e da comunidade na busca pela recuperação ambiental e desenvolvimento sustentável do local turístico.

A nota anunciou medidas imediatas para apurar o vandalismo, incluindo a elaboração de um boletim de ocorrência criminal e a colaboração com órgãos competentes como IDEMA, IBAMA, Governo do Estado, Polícia Militar Ambiental. A prefeitura pediu a colaboração da população na identificação dos responsáveis.

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) respondeu à denúncia, enviando uma equipe de fiscalização ao local para investigar e adotar medidas administrativas necessárias. A coordenadora da Fiscalização do Idema, Lucia Silva, explicou que, embora os cortes não sejam fatais para a árvore, eles podem comprometer sua resistência ao favorecer a entrada de patógenos, demandando esforços para a sua recuperação.

A analista ambiental do Idema, Ronile Santos, acrescentou que, embora o sistema radicular profundo da árvore possa evitar sua morte imediata, a exposição dos cortes a patógenos torna-a mais vulnerável ao longo do tempo. A prefeitura, por meio de ofício, solicitou a colaboração do Idema para a recuperação das raízes, comprometendo-se a encaminhar a solicitação ao setor florestal do instituto.