Imagem: Reprodução
27/03/2025 às 17:00

Em greve, professores da rede estadual fazem protesto e ocupam rampa da Governadoria

Professores da rede estadual de ensino em Natal organizaram nesta quinta-feira (27), um protesto para pressionar o Governo do Estado a conceder um reajuste salarial imediato de 6,27%. A proposta do governo é implementar o aumento em duas parcelas: uma em abril e outra em dezembro.

Os educadores estão em greve desde 25 de fevereiro e exigem que o reajuste seja pago integralmente de imediato ou, alternativamente, que seja dividido em 4,83% em abril e 1,44% em maio. Eles também solicitam a quitação dos retroativos referentes aos anos de 2023, 2024 e 2025 a partir de julho de 2025.

Durante o protesto, os professores marcharam do Shopping Midway Mall até o Centro Administrativo, onde ocuparam a rampa da Governadoria, exibindo faixas em sinal de descontentamento com a gestão estadual. Em seguida, dirigiram-se à Escola de Governo, onde a governadora Fátima Bezerra (PT) estava cumprindo agenda.

Após o ato, representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) conseguiram agendar uma reunião na Secretaria Estadual de Administração (Sead) para sexta-feira (28), às 15h, com a expectativa de que uma nova proposta seja apresentada.

Além do reajuste salarial, os professores reivindicam o pagamento dos retroativos dos aumentos referentes a 2023 e 2024 e a apresentação de dois projetos à Assembleia Legislativa: um relacionado ao plano de cargos dos funcionários e outro sobre o porte das escolas. Também pedem que os benefícios destinados a professores efetivos sejam estendidos aos profissionais temporários.

É importante ressaltar que, segundo a legislação federal, o Estado só estaria obrigado a pagar o novo piso salarial dos professores—definido pelo Ministério da Educação este ano em R$ 4.867,77 para uma carga horária de 40 horas semanais—após o aumento de 6,27%.

Entretanto, por meio de uma lei estadual, o mesmo índice de reajuste aplicado ao piso deve ser estendido a toda a carreira. No dia 13 de março, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), validou essa forma de cálculo, derrubando uma tese do Ministério Público.


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