Reprodução
11/07/2023 às 16:10

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro diz que não participava de decisões

Na terça-feira (11), o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, depôs perante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro. Durante seu depoimento, Cid afirmou que, apesar de sua proximidade com Bolsonaro, não participava das atividades relacionadas à administração pública, nem questionava o ex-presidente sobre os assuntos discutidos em reuniões com autoridades dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.

Ele esclareceu que sua função como ajudante de ordens se resumia a um serviço de secretariado executivo, atuando como um intermediário entre Bolsonaro e os demais participantes das reuniões e agendas. Cid afirmou que não tinha acesso às salas de reunião e não questionava o teor das discussões.

O tenente-coronel ressaltou que assumiu a chefia da Ajudância de Ordem da Presidência da República em 2019, por indicação do Comando do Exército, sem qualquer interferência política. Ao longo de seus 27 anos de serviço militar, Cid destacou-se e enumerou algumas das tarefas que desempenhou durante os quatro anos em que serviu a Bolsonaro, como a execução da agenda, recepção de pessoas, atendimento telefônico, tratamento de correspondências e auxílio em atividades pessoais e privadas do ex-presidente.

Cid encontra-se detido desde 3 de maio, acusado de fraudar cartões de vacinação contra a COVID-19, incluindo o de Bolsonaro e de parentes do ex-presidente. Além disso, ele é apontado como um dos articuladores de um suposto plano de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reverter o resultado eleitoral de 2022. Mensagens encontradas em seu celular pela Polícia Federal reforçam a suspeita de conspiração.

Embora tenha sido obrigado a comparecer à CPMI por decisão da ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), Cid optou por exercer o direito ao silêncio em relação a perguntas que possam incriminá-lo, citando o fato de estar sendo investigado em pelo menos oito ações criminais, incluindo a suposta falsificação de cartões de vacinação e sua suposta participação nos eventos de 8 de janeiro.

As informações são da Agência Brasil


Comentários


DEIXE UM COMENTÁRIO


Categorias

Mídias Sociais