O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu a ação de três ex-governadores da Paraíba, e de quatro viúvas de ex-governantes do estado. Eles querem voltar a receber uma pensão de até R$ 31,1 mil, que havia sido suspensa em maio de 2020.
O benefício foi suspenso após decisão do STF, na qual os magistrados entendiam que o pagamento era inconstitucional. Agora, os ex-governadores e as viúvas afirmam estar em situação de vulnerabilidade social, por serem idosos, e ajuizaram a reclamação na última quinta-feira (17/8).
Apesar da declaração, os ex-governadores que entraram com a ação possuem patrimônios que vão de $ 1,7 milhão a R$ 3,27 mi. Entre as viúvas, no entanto, está uma desembargadora do Tribunal de Justiça da Paraíba que recebe R$ 62,5 mil por mês em média.
“Após tantos anos recebendo o benefício, que era até então assegurado em lei e, portanto, de boa-fé, os reclamantes construíram padrão de vida mínimos de dignidade, realizaram planejamentos pessoais, familiares e financeiros que dependiam diretamente da pensão para sua sobrevivência”, escrevem.
O pagamento do benefício de 14 ex-governadores, que receberam a pensão pela última vez em maio de 2020, equivale anualmente a R$ 2,8 milhões aos cofres públicos, de acordo com dados do Tribunal de Contas Estadual (TCE/PB). Caso a Paraíba tenha que voltar a pagar a pensão, o valor tende a ser maior, já que o salário de governador teve um aumento de 32% de lá para cá.
Metrópoles