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07/08/2023 às 11:54

Flávio Dino critica fala de Romeu Zema: 'Traidor da pátria'

ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino , criticou a fala do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) por defender um protagonismo político da frente Sul-Sudeste .

"É absurdo que a extrema-direita esteja fomentando divisões regionais.
Precisamos do Brasil unido e forte. Está na Constituição, no art 19, que é proibido “criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”. Traidor da Constituição é traidor da Pátria, disse Ulysses Guimarães", escreveu o ministro nas redes sociais.

Em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, Zema propõe a criação de ações de um consórcio de estados do Sul e Sudeste para se defender no Congresso Nacional de perdas econômicas diante dos estados do Norte e Nordeste.

“Então Sul e Sudeste vão continuar com a arrecadação muito maior do que recebem de volta? Isso não pode ser intensificado, ano a ano, década a década. Se não você vai cair naquela história, do produtor rural que começa só a dar um tratamento bom para as vaquinhas que produzem pouco e deixa de lado as que estão produzindo muito. Daqui a pouco as que produzem muito vão começar a reclamar o mesmo tratamento. É preciso tratar a todos da mesma forma”, disse o governador ao Estado de S. Paulo.

O objetivo seria integrar os estados do sul e sudeste do país politicamente, coordenando a atuação política em um bloco organizado que busca angariar recursos e apoio para temas importantes para a região. 

Zema ainda citou que no sul e sudeste “temos 256 deputados – metade da Câmara – 70% da economia e 56% da população do País".

"Não é pouco, nê? Já decidimos que, além do protagonismo econômico que temos nós queremos - que é o que nunca tivemos - que é protagonismo político. As decisões têm que escutar ambos os lados e o Cosud vai fazer esse papel porque ninguém pode ignorar o peso de expressivo de 256 deputados na Câmara.”

Governadores dos estados do Nordeste ainda emitiram uma nota em conjunto no domingo repudiando a fala de Zema.

"Indicar uma guerra entre regiões significa não apenas não compreender as desigualdades de um país de proporções continentais, mas, ao mesmo tempo, sugere querer mantê-las, mantendo, com isso, a mesma forma de governança que caracterizou essas desigualdades", diz trecho da nota assinada pelo governador da Paraíba, João Azevedo (PSB), presidente do Consórcio Nordeste.

iG


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