Governo estuda segunda edição de concurso unificado para 2025

A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, afirmou que o governo federal está considerando a realização de uma segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU) em agosto de 2025, com previsão orçamentária já existente.

“Estamos discutindo a possibilidade de um novo concurso unificado, mas, por enquanto, é apenas uma possibilidade. Após a prova que será realizada neste domingo, faremos uma análise dos resultados. Até o momento, nosso balanço é muito positivo em termos de demanda, da recepção pública à ideia de uma prova unificada, e da oportunidade de diversificar mais o perfil dos candidatos”, comentou a ministra.

Esther Dweck destacou que cerca de 14 mil vagas foram criadas no serviço público federal, considerando os concursos em andamento e as autorizações concedidas pelo MGI desde o ano passado. Com a expectativa de entrada de aproximadamente 7 mil aprovados até o fim de 2026, a ministra prevê que o número de vagas abertas no funcionalismo público pode chegar a 21 mil, visando repor parte das cerca de 70 mil saídas de servidores federais desde 2016. Ela mencionou que, apenas entre janeiro e agosto de 2024, o MGI autorizou 1.085 vagas, com novas permissões previstas até dezembro.

“Nós estamos realizando um trabalho detalhado para dimensionar a força de trabalho, visitando ministérios para identificar suas necessidades específicas e, assim, tomar decisões informadas sobre novas vagas. Temos uma previsão orçamentária que nos permite começar a autorizar a chamada de excedentes, ou seja, aqueles no cadastro de reserva, ou criar novas vagas em áreas ainda não contempladas”, explicou durante o programa "Bom Dia, Ministra".

Locais de Provas

Sobre a realização das provas, a ministra alertou que 65% dos mais de 2,11 milhões de candidatos inscritos ainda não verificaram seus locais de prova, que ocorrerão em dois turnos neste domingo. Ela aconselhou que os candidatos acessem a Área do Candidato, no mesmo site onde realizaram a inscrição, para confirmar seus locais de prova e evitar deixar para a última hora.

Esther Dweck ressaltou que, após o adiamento das provas em maio devido às chuvas no Rio Grande do Sul, vários locais de prova foram alterados, especialmente no Rio Grande do Sul, São Paulo e outros estados.

“Faço um apelo para que todos verifiquem novamente o local de prova. Quem não conhece o local, sugiro que vá antes para se familiarizar, verificar o tempo de deslocamento e evitar imprevistos. As salas serão abertas duas horas antes do início da prova, que começa às 9h30 no turno da manhã e às 14h30 na parte da tarde. Portanto, cheguem com antecedência”, recomendou a ministra.

Greve 

Quanto à possível greve dos servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a ministra acredita que isso não deverá impactar a realização do CNU no próximo domingo (18).

Ela informou que o MGI está em negociações salariais com os servidores do órgão ligado ao Ministério da Educação e que tem mantido diálogo constante com os dirigentes do Inep envolvidos no apoio ao concurso.

“Estamos conversando bastante com os servidores do Inep. Eles têm todo o direito de se manifestar e realizar as mobilizações que considerarem necessárias, mas também reconhecemos que essa é uma atividade essencial, envolvendo dois milhões de candidatos em todo o Brasil e mais de 21 órgãos que receberão servidores. Pelas nossas conversas, tudo deve transcorrer sem problemas nesse dia”, concluiu Dweck.