Governo reajusta salário base de militares em 9%, em 2025 e 2026

O governo federal anunciou um reajuste nos salários dos militares das Forças Armadas. A nova tabela de soldos foi divulgada nesta sexta-feira (28) no Diário Oficial da União e entrará em vigor a partir de 1º de abril, com valores que podem chegar a R$ 14,7 mil.

A medida provisória (MP) assinada pelo presidente em exercício, Geraldo Alckmin, estabelece um aumento de 9%, dividido em 4,5% para 2025 e o mesmo percentual para 2026. O pagamento desses valores dependerá da aprovação da Lei Orçamentária Anual de 2025, que ainda precisa ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O orçamento deste ano destina um limite de R$ 3 bilhões para aumentos de remuneração em cargos, funções e gratificações dentro das Forças Armadas.

Os soldos dos militares referem-se aos vencimentos básicos, que variam conforme a graduação e o posto. Os almirantes de esquadra, generais do Exército e tenentes-brigadeiro do ar recebem os maiores salários. Para essas patentes, o salário passará de R$ 13.471 para R$ 14.077 em 1º de abril. Com o reajuste adicional de 4,5% previsto para 1º de janeiro de 2026, o salário será elevado para R$ 14.711.

Na base da tabela salarial, estão incluídos marinheiro-recruta, recruta, soldado, soldado-recruta, soldado de segunda classe (não engajado) e soldado-clarim ou corneteiro de terceira classe. Para esse grupo, a remuneração atual de R$ 1.078 aumentará para R$ 1.127 em abril deste ano e para R$ 1.177 em janeiro de 2026.

Vale lembrar que os vencimentos totais podem incluir outros benefícios e gratificações. Em 2019, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, houve uma reestruturação nas carreiras militares que resultou na criação e aumento de adicionais. A lei aprovada na época previu reajustes anuais até 2023 nos percentuais do Adicional de Habilitação, que foram incorporados aos soldos.

A MP publicada hoje terá um prazo de vigência de 60 dias, podendo ser prorrogada uma vez por igual período. Para se transformar definitivamente em lei, ela precisará ser analisada pelo Congresso Nacional, que poderá propor alterações ao texto.