Hospital Onofre Lopes realiza mutirão de cirurgias de fimose neste sábado (24)

Dez pacientes já agendados para o Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), serão beneficiados pelo Mutirão de Postectomia (cirurgia de fimose) no próximo sábado (24), a ser realizado no centro cirúrgico do hospital. Essa iniciativa é voltada para pacientes adultos e crianças, com o objetivo de prevenir o câncer de pênis.

A ação, coordenada em todo o país pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) e suas seccionais, faz parte de uma programação dedicada à conscientização e prevenção do câncer de pênis, sendo esta a 4ª edição da campanha, cujo tema bem-humorado alerta: “Cuide, você só tem um!”.

O mutirão de cirurgias contará com a participação dos médicos urologistas Rafael Pauletti, Angelo Campos, Rafael Meduna, André Abrantes, Cesar Britto, Hiram Nobrega e Pedro Sales, bem como dos anestesistas Emiliana Gomes, Thiago Trigueiro, Ramon Santos e Hingrid Rodrigues. A ação é apoiada pelo Departamento de Urologia do HUOL, Liga Contra o Câncer, Laboratório Adium e Farmacêutica Zambon.

A postectomia é o procedimento cirúrgico que remove o excesso de pele do prepúcio, facilitando a higiene da glande e combatendo a principal causa do câncer de pênis: as más condições de higiene. O chefe da unidade de transplante do Huol-UFRN, Dr. José Hipólito, destaca os benefícios da cirurgia para pacientes com fimose, enfatizando que a circuncisão não apenas facilita a higiene, mas também protege contra o câncer de pênis, além de doenças sexualmente transmissíveis como HPV e HIV.

O especialista enfatiza a importância da higiene diária do órgão genital masculino como principal forma de prevenção do câncer de pênis, destacando que homens com fimose, incapazes de expor a glande, são candidatos a realizar a circuncisão para evitar complicações futuras.

Sobre os sinais mais comuns do câncer de pênis, destacam-se feridas persistentes, secreção com odor forte e alterações na cor ou espessura da pele da glande. Detectado e tratado precocemente, o câncer de pênis é curável, evitando, em alguns casos, a necessidade de amputação do órgão. O Ministério da Saúde registrou no período de 2012 a novembro de 2022 um total de 21,7 mil casos de câncer de pênis no país, com 6.456 amputações do órgão masculino de 2013 a 2023 e mais de 4 mil mortes no Brasil de 2011 a 2021.