Mulheres têm adotado cada vez mais estratégias para não serem vítimas da falta de segurança pública no Brasil. Uma pesquisa sobre percepções e experiências das mulheres quando se deslocam pelas ruas das cidades, feita pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, mostra que pelo menos oito de cada dez delas evitam sair à noite ou passar por locais desertos.
Para a análise, 1.618 mulheres com 18 anos ou mais, que precisam sair de casa ao menos uma vez por semana, foram entrevistadas entre setembro e outubro. A margem de erro é de 2,2 percentuais. A pesquisa teve apoio da Uber.
O estudo mostrou que 94% das entrevistadas evitam passar por locais desertos ou escuros, 89% evitam sair à noite, 86% pedem a alguém que as espere em casa.
Mais mulheres negras (34%) do que não negras (30%) afirmam que já sofreram assalto, furto ou sequestro-relâmpago quando se moviam pela cidade. E a maioria das mulheres negras (56%) foi vítima de racismo quando estava a pé.
Além das medidas citadas, ações como compartilhar a localização por meio do celular e deixar de usar certos tipos de roupa ou acessório para não chamar atenção estão entre as precauções tomadas por mulheres no país.
R7
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