Foto: Reprodução
23/02/2024 às 19:58

Mais de 1 milhão de brasileiros não têm banheiro em casa, diz IBGE

Mais de um milhão de brasileiros não tinham banheiro ou sanitário em casa. É o que informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao divulgar a pesquisa “Censo Demográfico 2022: Características dos domicílios - Resultados do universo”. No estudo, que é mais um bloco de informações do Censo 2022, os pesquisadores contabilizaram que 1.182.349 pessoas não tinham nem banheiro, nem sanitário em seus lares.

Esse total de pessoas representavam 0,6% do total de moradores. Dentro desse total, mais da metade, ou 717.730, eram pardos.

Por outro lado, mais de cinco milhões de brasileiros tinha quatro banheiros ou mais em casa. Esse contingente chegou a 5.394.227 no Censo de 2022, ou 2,67% do total de moradores do país. Desse total, 3.679.197 eram brancos.

“Houve um crescimento no número de banheiros [de maneira geral]”, informou Bruno Perez, pesquisador do IBGE.

Ao falar dos dados, ele informou que, em 2010, 28,5% dos domicílios com banheiro tinham dois ou mais banheiros. Em 2022, a proporção para esse mesmo dado saltou para 33,7% do total de domicílios.

Na maior parte do país, a grande maioria dos brasileiros até 2022 contava com acesso a banheiro, na ótica do Censo. No estudo anunciado hoje, 197.542.798 tinham banheiro ou sanitário em casa, em 2022 – em um total de 202.083.020 moradores no Brasil.

Entre os que tinham banheiro ou sanitário, mais de um terço desse montante (87.247.928) eram de brancos, informou ainda o IBGE.

Assim, na prática, os pesquisadores do instituto apuraram uma fatia de 97,8% do total de moradores brasileiros com banheiro de uso exclusivo do domicílio.

Outro aspecto investigado foi o tipo de esgotamento sanitário, nas residências. Perez comentou que a proporção de domicílios com rede coletora, pluvial ou fossa séptica cresce de acordo com o tamanho da cidade. “Municípios menores de população são mais focados em zona rural”, acrescentou ele, a explicar que os dados englobam zonas rural e urbana. “Sabemos que a rede geral é de difícil extensibilidade à zona rural”, comentou ele.

Com isso, nos municípios de até cinco mil habitantes, a parcela de moradores em domicílios com rede coletora, pluvial ou fossa séptica foi de 49,2% do total, no Censo de 2022. Em contrapartida, nas cidades acima de 500 mil habitantes – em sua maioria, urbanas -, essa fatia era de 91,3%.

“Todas as unidades da federação tiveram crescimento de proporção de pessoas residindo em domicílios com esgotamento por rede coletora ou fossa séptica”, acrescentou o técnico do IBGE.

No total do Brasil, a parcela de moradores a residir em lares com esgotamento sanitário por rede coletora, pluvial ou fossa séptica foi de 75,7% do total em 2022. Essa fatia era de 64,5% em 2010 e de 59,2% em 2000.


Comentários


DEIXE UM COMENTÁRIO


Categorias

Mídias Sociais