Imagem: Tony Winston/Agência Brasília
24/08/2024 às 10:02

No Brasil, 25 pessoas morrem por dia em acidentes domésticos

No ano passado, uma média de 25 pessoas morreram por dia em acidentes domésticos no Brasil. Ao todo, foram 9,3 mil casos de mortes, segundo dados do Ministério da Saúde. O número preliminar demonstra uma redução em relação a 2022, mas ainda assim o ano passado teve o segundo maior número de registros dos últimos dez anos. As principais causas são quedas do mesmo nível, com tropeços ou passo em falso, totalizando 5 mil casos.

Logo depois, aparecem mortes causadas por engasgo (764 casos), quedas de escadas, de degraus ou para fora de edifícios (568); ingestão de conteúdo gástrico (366) e choque elétrico (346). Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, com ações básicas de primeiros socorros é possível minimizar os riscos e agir com eficácia durante as emergências.

“As quedas são uma das causas mais frequentes de acidentes domésticos, especialmente entre idosos e crianças. Crianças por estarem em fase de exploração, e idosos, devido à fragilidade física e dificuldade de mobilidade”, explica o Corpo de Bombeiros.

A corporação orienta que o ideal é manter, por exemplo, o piso seco, livre de obstáculos que possam causar tropeços como objetos de decoração, fios, tapetes e brinquedos. Além disso, o ambiente deve ter uma boa iluminação e a pessoa deve optar por calçados com sola antiderrapante, instalar barras de apoio em banheiros, escadas e passagens de desníveis, principalmente se convive com pessoas idosas.

A geriatra Priscilla Mussi, coordenadora de Geriatria do Hospital Santa Lúcia em Brasília, acrescenta a orientação do uso de calçados fechados. “O segundo ponto é sempre tirar os tapetes de casa. Se tem, por exemplo, piso de cerâmica ou granito, ver se o ambiente está seco antes de pisar nele, porque temos alto risco de deslizamento quando há água no local”, explica.

Além das barras de adaptação, a médica alerta: “evite subir em banquinho ou cadeira”. “Tente pedir para outra pessoa fazer isso. Quando alguém sobe no banquinho, há o risco de instabilizar a posição. Realmente, a maioria dos acidentes é dentro de casa. É importante também sempre conversar com o idoso para ele usar os mecanismos adaptativos se necessários, como bengala ou o andador”, pontua.


Comentários


DEIXE UM COMENTÁRIO


Categorias

Mídias Sociais