A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Rio Grande do Norte (SESED) anunciou hoje (15) os resultados finais da Operação Shamar no estado. A operação, que teve início em 21 de agosto, teve como objetivo principal combater os crimes contra mulheres, com especial enfoque na violência doméstica e feminicídio. Durante o período da operação, um total de 873 vítimas foram atendidas, resultando em 823 boletins de ocorrência registrados.
A palavra "Shamar," de origem hebraica, significa cuidar e proteger. A operação foi conduzida de forma coordenada em todo o país, e no Rio Grande do Norte, contou com a participação da Polícia Militar, através da Patrulha Maria da Penha, da Polícia Civil, por meio das delegacias distritais e das Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher (DEAMs), além do Corpo de Bombeiros Militar e das Guardas Municipais. As ações englobaram atividades ostensivas, fiscalizatórias, de conscientização, educação e prevenção.
Números da operação
2 armas brancas apreendidas
21 armas de fogo apreendidas
55 homens presos, sendo 21 em flagrante e 34 por força de ordens judiciais
60 municípios abrangidos
108 palestras foram realizadas
154 ações de panfletagem foram realizadas
203 agentes da segurança pública participaram da operação até o momento
341 medidas protetivas foram acompanhadas
823 boletins de ocorrência foram registrados
873 vítimas foram atendidas
Todas as atividades foram supervisionadas e acompanhadas em conjunto pela SESED e pela Secretaria de Estado das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (SEMJIDH).
Operação Shamar
A Operação Shamar foi uma iniciativa nacional realizada durante o mês de conscientização pela defesa da mulher, conhecido como Agosto Lilás. Esta ação foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Em todo o país, a coordenação principal ficou a cargo da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Diopi/Senasp), com o apoio do Ministério das Mulheres (MM) e do Colégio de Coordenadores das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar dos Tribunais de Justiça Estaduais (COCEVID).
O MJSP investiu mais de R$ 2 milhões na operação, destinando esses recursos às Secretarias Estaduais de Segurança Pública dos 26 estados e do Distrito Federal. Esse financiamento foi direcionado para o pagamento de diárias a policiais militares e civis, com o objetivo de reforçar o efetivo envolvido na execução das ações policiais no âmbito da operação. Essas ações abrangeram atividades preventivas, educativas, ostensivas e repressivas voltadas ao combate da violência doméstica. As diárias também cobriram os deslocamentos das equipes para cidades onde não há delegacias especializadas, visando promover a divulgação de informações sobre canais de denúncia e leis de proteção às mulheres vítimas de violência.