O Rio Grande do Norte deu mais um passo importante para a valorização de suas comunidades tradicionais e o desenvolvimento do turismo sustentável. Na manhã desta segunda-feira (25), em Goianinha e Tibau do Sul, o projeto de turismo de base comunitária promoveu ações que destacaram a inclusão social e a geração de renda para povos indígenas, quilombolas e ostreicultores.
Com a presença da governadora Fátima Bezerra e lideranças comunitárias, as solenidades enfatizaram a importância de políticas públicas que diversificam a oferta turística do estado, promovendo integração cultural e reconhecendo os saberes ancestrais. “Estamos contando a nossa história, onde essas comunidades apresentam seus saberes ancestrais, diversificando o turismo e colocando o RN na trilha de iniciativas de destaque no Brasil e no mundo”, destacou a governadora, que também mencionou a parceria com o Sebrae para a execução do projeto.
Ações culturais e geração de renda
Os eventos incluíram apresentações culturais como a dança do Toré pela comunidade do Katu, em Goianinha, e a performance do Grupo Herdeiros de Zumbi, em Sibaúma, Tibau do Sul. Essas atividades simbolizam a riqueza das tradições que serão integradas aos roteiros turísticos do estado.
Com investimento de R$ 1,2 milhão, sendo R$ 564 mil destinados especificamente ao turismo de comunidade, o projeto beneficia diretamente comunidades indígenas, quilombolas e ostreicultoras. Iniciado em agosto de 2023, é executado pelo Instituto Vivejar em parceria com o Sebrae/RN e contempla os municípios de Sítio Novo, Apodi, Felipe Guerra, Tibau do Sul, Parnamirim e Nísia Floresta.
Tradições e fortalecimento coletivo
O projeto visa fortalecer o turismo sustentável, promovendo a culinária, o artesanato e outras tradições locais. Oficinas foram organizadas para capacitar representantes das comunidades em áreas como iconografia, precificação, roteirização e organização de eventos. Desde o lançamento, já foram realizadas cerca de 16 oficinas e 30 visitas a comunidades, envolvendo mais de 70 participantes, 88% dos quais são mulheres.
Para Rafael Amaro, da Aproostra, associação de produtores de ostras em Tibau do Sul, o impacto do projeto já é perceptível: “Agora temos a oportunidade de mostrar nossa culinária e fortalecer nosso trabalho coletivo.”
Próximos passos
De acordo com a secretária de Turismo, Solange Portela, o projeto tem sido conduzido com participação ativa das comunidades envolvidas. “Dialogamos com as lideranças para mapear as demandas e estamos convidando agências de turismo a conhecer o potencial dessas comunidades”, afirmou.
Com uma abordagem que combina sustentabilidade e inclusão, o projeto reafirma o compromisso do Governo do Estado com o desenvolvimento econômico aliado à valorização cultural e ambiental, fortalecendo o turismo como ferramenta de transformação social.