A falta de suporte psicológico nas escolas públicas do Rio Grande do Norte evidencia uma grave lacuna no sistema educacional. Casos extremos, como o ocorrido na Escola Estadual Berilo Wanderley, em Natal, onde uma aluna armada feriu um colega, mostram a necessidade de psicólogos e assistentes sociais no ambiente escolar. A rede estadual, com cerca de 200 mil matrículas, conta apenas com 21 psicólogos atuando de forma centralizada.
Após o incidente, a Secretaria de Educação (SEEC) realizou reunião com a Polícia Militar, Unicef, Ministério Público e Ministério da Educação (MEC) para discutir a criação de uma rede de apoio psicológico. Desde terça-feira, psicólogos estão atuando na escola. No entanto, a ampliação dessas medidas ainda carece de definições.
Na rede municipal de Natal, a situação também é preocupante. Apesar de um concurso realizado em 2016, o Tribunal de Contas suspendeu as contratações, e apenas uma psicóloga atua na Secretaria de Educação.
Especialistas apontam que a presença de psicólogos nas escolas é essencial para prevenir casos de violência e trabalhar questões como ansiedade e relacionamentos. A colaboração entre pais, professores e assistentes sociais também é vista como indispensável, embora existam desafios para sua implementação, como a falta de capacitação emocional para educadores e responsáveis.