Imagem: Adriano Abreu
12/07/2024 às 07:53

RN: alta do varejo até maio é 10 vezes maior que em 2023

Rio Grande do Norte registrou crescimento no varejo ampliado pelo quinto mês consecutivo. Em dados divulgados, nesta quinta-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor teve um aumento de 7,4% em maio deste ano, comparado ao mesmo período de 2023, quando houve queda de 1,1%. Com este resultado, o RN ficou acima da média nacional, que teve alta mensal de 5%. Além disso, os dados divulgados pelo IBGE mostram que, no acumulado de janeiro a maio deste ano, o resultado (6,8% de crescimento) é 10 vezes superior ao registrado nos primeiros cinco meses de 2023, quando o comércio varejista ampliado cresceu 0,6%.

Os dados foram destacados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN). O presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz, avalia que o resultado se reflete em diversos setores do varejo. “Temos verificado um desempenho consistente ao longo dos meses, o que nos sugere uma tendência de crescimento sustentável para o restante do ano. No acumulado de janeiro a maio, atingimos 6,8% de crescimento, um resultado muito superior ao mesmo período de 2023 (0,6%). Esse crescimento supera a média nacional de 4,8%”, afirmou.

Ele disse ainda que “os números colocam o RN como um dos destaques na recuperação econômica do varejo brasileiro, confirmando aquilo que defendemos no ano passado, ao longo da discussão para manutenção do modal do ICMS em 18%”. Em receita nominal de vendas o comércio varejista ampliado cresceu 8,7% no RN no acumulado deste ano, até maio. O setor de varejo ampliado inclui os segmentos de veículos, material de construção e atacado alimentício.

Dentre as atividades do varejo ampliado com desempenho positivo, destacam-se os setores de hipermercados e supermercados (+10,5%), artigos farmacêuticos e de perfumaria (+13,6%), e veículos e peças (+10,6%).

Para o presidente da Fecomércio, a ampliação do crédito fomentou o setor e que, consequentemente, gerou mais empregos. “Há diversos fatores que influenciam neste resultado, mas claramente há um círculo virtuoso criado pela abertura de mais vagas de emprego e aumento dos salários médios, associado ao crédito mais farto e amplo que vem sendo distribuído no país de uma maneira geral”, analisou Queiroz.

Em maio, o setor do comércio do RN recuperou mais de 400 vagas formais de emprego. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no acumulado do ano, o segmento já gerou cerca de sete vezes mais carteiras de trabalho assinadas, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2023, foram 183 vagas. Este ano, já são 1.253 postos de trabalho gerados.

Redução do ICMS reaquece economia

Um fator que fez a economia voltar a crescer foi a redução da alíquota modal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 18%, na análise da Fecomércio. Os dados do Boletim do Sebrae, elaborado com base nos dados do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) apontam que a alteração na taxa não comprometeu a arrecadação do RN que continua em alta, de acordo com períodos analisados em comparação ao ano passado.

Em maio de 2023, com a alíquota em 20%, a arrecadação do Estado alcançou R$ 652 milhões. De acordo com estudo da Fecomércio, após o aumento do ICMS, o comércio saiu de um crescimento de 4,4% em março, para 1,1% no final de abril. Em agosto, foi a 1,7%.

Antes da mudança na alíquota, o RN tinha o maior crescimento no segmento do país, com 7,7%. A mudança no valor do ICMS afetou diretamente o setor varejista. Em 2024, a alíquota voltou aos 18% e isso reaqueceu o comércio novamente.

Apesar da alteração na porcentagem arrecadada pelo Estado, neste ano, o RN registrou o recolhimento de R$ 645 milhões em maio deste ano. Ainda que haja uma queda mensal, ante mesmo mês de 2023, o total arrecadado nos primeiros cinco meses de 2024 chegou aos R$ 2,84 bilhões e representa um aumento de 6,94%, em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2023, a receita do imposto somou R$ 2,66 bilhões.

Na análise da receita do Estado, o comércio varejista liderou a arrecadação com R$ 144 milhões. Em segundo, aparece o setor atacadista, com R$ 136 milhões.

Tribuna do Norte 


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