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03/06/2024 às 17:12

RN tem média de dois casos por dia do crime de “stalking”

O Rio Grande do Norte tem registrado, em média, dois boletins de ocorrência diários relacionados a casos de perseguição (stalking), totalizando 327 casos até abril de 2024, segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed). Desde a criminalização do stalking em 2021, os registros aumentaram significativamente, com 450 casos em 2021, 771 em 2022 e 1.175 em 2023. O stalking, definido como perseguição sistemática de uma pessoa, inclui ações invasivas como comentários nas redes sociais, ligações insistentes e seguir a rotina da vítima. As penas variam de seis meses a dois anos de reclusão, além de multa.

A discussão sobre o stalking ganhou mais atenção após um caso amplamente divulgado no programa "Fantástico", da Rede Globo, envolvendo uma mulher de 23 anos em Ituiutaba (MG) que perseguiu um médico e sua família durante cinco anos. A acusada, Kawara Welch, continuou as ameaças e perseguições mesmo após ser excluída da lista de pacientes do médico. Esse caso destacou a gravidade do stalking, especialmente com a estreia da série "Bebê Rena" na Netflix, baseada na história real de uma perseguição.

A psicóloga clínica Catarine Resende explica que não existe uma regra clara sobre até quando é normal acompanhar as atividades de ex-relacionamentos nas redes sociais. É essencial avaliar o impacto dessa prática no bem-estar mental e evitar comportamentos que causem sofrimento. Reconhecer o stalking como um problema e buscar ajuda profissional é fundamental para interromper esse ciclo prejudicial. Criar perfis falsos para bisbilhotar os outros pode ser um indicativo de stalking, mas depende de como essa prática é conduzida.

As vítimas de stalking sofrem diversos traumas físicos e psicológicos, como medo constante, ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). A psicóloga enfatiza a importância de tomar medidas de proteção e procurar ajuda especializada para lidar com os traumas e recuperar a autoestima e qualidade de vida. Além disso, a curiosidade excessiva que interfere nas atividades diárias e nos relacionamentos pode ser um sinal de comportamento prejudicial que necessita de intervenção profissional.

 


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