Secretaria de Saúde faz alerta para prevenção das arboviroses com aproximação do verão

O Rio Grande do Norte se aproxima do início do período sazonal das arboviroses, que ocorre entre novembro e maio, quando as temperaturas elevadas se combinam com as chuvas, criando condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti. Portanto, é crucial intensificar as ações de prevenção desde agora.

Sílvia Dinara, coordenadora do Programa de Controle das Arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), observou que as notificações de arboviroses em 2023 diminuíram consideravelmente em comparação com o ano anterior, que foi epidêmico. No entanto, essas doenças ainda ocorrem no estado, justificando a necessidade contínua de cuidados preventivos para evitar a criação de focos do mosquito.

Medidas simples podem impedir o acúmulo de água parada em residências e locais de trabalho. Isso inclui verificar áreas propensas a acumular água parada, como bandejas de bebedouros e geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários não utilizados. Recomenda-se também manter quintais livres de possíveis criadouros, limpar as vasilhas de água dos animais, evitar o descarte de lixo em terrenos baldios e manter as caixas d'água sempre bem tampadas. Além disso, é importante ficar de olho em vasos e pratos de plantas que podem acumular água, proteger pneus inservíveis e outros objetos que possam reter água e receber visitas de agentes de endemias para esclarecer dúvidas.

Um boletim epidemiológico recente das arboviroses no Rio Grande do Norte, divulgado pela Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica e pela Coordenação Estadual das Arboviroses da Sesap, fornece informações sobre o período de 1 a 39 semanas, encerrado em 30 de setembro de 2023.

O boletim revela que foram notificados 10.111 casos de dengue no estado, com 2.039 casos confirmados, 6.553 considerados prováveis, 3.558 descartados e um óbito confirmado. A incidência foi de 184,03 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Em relação à Chikungunya, o boletim registra 3.227 casos notificados, com 538 casos confirmados, 2.183 considerados prováveis, 1.044 descartados e um óbito confirmado. A incidência foi de 61,30 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Quanto à Zika, foram notificados 1.238 casos, com 161 casos confirmados, 840 considerados prováveis, 398 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 23,59 casos prováveis por 100.000 habitantes.

Sílvia Dinara reforçou a importância de procurar serviços de saúde o mais rápido possível em caso de sintomas de arboviroses. Isso permite o início de assistência oportuna e a notificação dos casos, fornecendo informações cruciais para orientar a vigilância e as decisões em serviços de saúde.