Servidores terceirizados da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) ocuparam a reitoria da instituição nesta segunda-feira (15) em um ato de protesto contra os atrasos salariais enfrentados pelos trabalhadores do setor de limpeza, contratados pela empresa Criarte. O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Urbana do Rio Grande do Norte (Sindlimp) informou que aproximadamente 170 funcionários terceirizados ainda não receberam os salários referentes ao mês de dezembro.
A paralisação dos trabalhadores terceirizados, contratados pela Criarte, teve início na quinta-feira (11) da semana anterior. A equipe da TRIBUNA DO NORTE tentou entrar em contato com a empresa ao longo da manhã, mas não obteve retorno até o momento. Os líderes do protesto afirmam que a manifestação continuará até que os salários sejam efetivamente depositados nas contas dos trabalhadores.
A UFRN, em comunicado à TRIBUNA DO NORTE, informou que o atraso já persiste por sete dias e espera que o pagamento aos trabalhadores seja realizado pela empresa contratada até a terça-feira (16).
"A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) constatou que a empresa contratada para os serviços terceirizados de limpeza ainda não efetuou o pagamento dos salários, que deveria ter ocorrido até o dia 8 de janeiro. A Pró-Reitoria de Administração (Proad-UFRN) está em contato com a empresa, respeitando os direitos dos trabalhadores e as prerrogativas legais, e espera que os valores sejam quitados até esta terça-feira (16). A UFRN também está acionando as cláusulas do contrato e investigando os descumprimentos contratuais ocorridos", declarou a instituição em nota.
Os trabalhadores se reuniram inicialmente no Centro de Convivência da Universidade antes de seguir para a reitoria. Informações preliminares indicam que esses atrasos salariais ocorrem pela terceira vez consecutiva. Fernando Lucena, presidente do Sindlimp, destacou a existência de contratos com duas empresas para os serviços de limpeza e higienização, sendo que uma delas realizou os pagamentos, enquanto a outra não. Ele expressou a necessidade de esclarecimentos por parte da universidade e afirmou que a ocupação da reitoria é uma tentativa de serem ouvidos. Estudantes da UFRN também se uniram aos trabalhadores terceirizados no protesto, exibindo faixas exigindo o pagamento dos salários em atraso.