A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) descartou os sete casos suspeitos de febre oropouche. Em uma coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (16), a coordenadora de saúde, Diana Rêgo, esclareceu a situação atual no Estado e destacou que a secretaria continua monitorando possíveis novos casos de contaminação na região.
Até o momento, o Rio Grande do Norte é o único estado do Nordeste sem casos confirmados de febre oropouche. No Brasil, além do RN, apenas o Distrito Federal, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul não registraram casos da doença.
"Já investigamos e descartamos alguns casos suspeitos. Estamos em investigação em outros, mas, em vez de alerta, prefiro falar em sensibilização, especialmente para aquelas pessoas que vivem em áreas conhecidas pela presença do mosquito maruim," afirmou Diana.
Os sintomas da febre oropouche, transmitida pelo mosquito maruim, são semelhantes aos da dengue, como dor de cabeça e febre. A Sesap orienta que, ao apresentar esses sintomas, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para realizar exames que serão encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública do RN (Lacen/RN).
Mpox
Sobre possíveis casos de mpox, doença causada pelo vírus MPXV, Diana Rêgo informou que atualmente não há ocorrências no Rio Grande do Norte. Desde 2022, foram registrados 154 casos no estado, com apenas dois em 2024.
"É essencial mantermos a atenção à mpox, uma doença para a qual temos tratamento adequado. As pessoas que apresentarem sintomas devem buscar atendimento médico. A nota da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou a nova variante do vírus, a 1b (Clado 1)," explicou.
A nova variante, que teve origem na África, já está presente em outros países. A OMS emitiu um alerta para que tanto a população quanto as autoridades sanitárias fiquem vigilantes. No entanto, o RN ainda não registrou casos da variante 1b e não houve aumento nos casos de mpox até o momento.
Em relação à vacinação contra mpox, Diana informou que todas as doses enviadas pelo Ministério da Saúde em 2022 e 2023 já foram administradas no estado. Com base na nota de alerta da OMS, novas doses foram solicitadas. "Já entramos em contato com o Ministério da Saúde. Diante desse novo alerta, eles estão avaliando os estados que já aplicaram todas as doses e serão priorizados para receber mais," concluiu.