O setor pesqueiro no Rio Grande do Norte enfrentará uma perda considerável devido à suspensão da pesca da principal espécie de atum. A decisão foi tomada pelo Governo Federal, por meio dos ministérios da Pesca e Meio Ambiente, e entrará em vigor a partir do sábado, 16 de dezembro.
A pesca do atum, especialmente da espécie albacora-bandolim, está sujeita a regulamentações internacionais devido à natureza migratória desses peixes, que buscam alimento em correntes marítimas e percorrem outros continentes através das águas do oceano Atlântico.
Para a espécie de atum albacora-bandolim, da qual aproximadamente 90% da pesca no Brasil é realizada por embarcações da região Nordeste, o ICCAT (Comissão Internacional para a Conservação dos Atuns do Atlântico) estabeleceu um limite de 5.440 toneladas para todo o país no ano de 2023.
O monitoramento é conduzido pelas próprias empresas de pesca, que compartilham informações para alimentar bancos de dados e contribuir com subsídios científicos relacionados aos estudos sobre o comportamento de correntes e espécies de peixes.
Gabriel Calsavara expressou sua preocupação com a decisão do Ministério da Pesca e do Meio Ambiente, destacando o impacto negativo em todo o setor. Ele argumenta que a medida evidencia a falta de maturidade dos gestores públicos brasileiros em relação a um recurso que é administrado internacionalmente.
No total, o Rio Grande do Norte possui 250 embarcações proibidas de realizar a pesca. Conforme a determinação da portaria do Governo Federal, as embarcações em cruzeiro de pesca devem retornar a portos brasileiros e realizar o último desembarque até 30 de dezembro.
Gabriel Calsavara prevê que o impacto social da decisão será imediato, afetando cerca de 2,5 mil pessoas que ficarão sem trabalho em um período em que o setor normalmente alcança os melhores preços e mercados.